quarta-feira, 21 de maio de 2008

A minha Primeira Marcha

Decidi ir à minha primeira marcha em 2002 a convite de uma amiga assim sem mais.

O dia da marcha começou em Derby (Reino Unido), passámos ainda por Faro e por fim Lisboa. Vivemos as duas um autêntico périplo até chegar à Avenida da Liberdade nessa tarde. Ela nunca tinha faltado a uma marcha e eu de alguma forma a partir daquele dia também não. Embora nos tenha custado imenso chegar ao Marquês de Pombal naquela tarde, felizmente, @s deus@s conspiravam a nosso favor!

Dessa forma a minha primeira marcha não foi planeada. Aconteceu e tudo por um convite entre muitas, muitas correrias. É verdade que nunca tinha estado em nenhuma, mas não tinha preconceito ou esteriótipo algum. Simplesmente nos anos anteriores não estava em Lisboa por essa altura e, em última análise, ninguém me tinha convidado até à data, verdade seja dita!

Chegámos à Marcha já a meio da Avenida da Liberdade porque começara meia hora antes. A minha amiga conhecia uma série de gente. Eu não conhecia ninguém. Ainda assim não tive quaisquer expectativas ou medos infundados. Lembro-me na altura já ser assumida e mesmo que não o fosse não me via lesada por estar ali. A verdade é que ainda hoje acredito que teria ido à marcha fosse qual fosse a minha realidade. Estar presente na marcha, antes de tudo, significa que somos contra a discriminação, porque é disso que se trata.

Não me lembro do manifesto ou sequer do que aconteceu no fim e para onde se dispersaram as pessoas. Não me lembro de quantos seríamos. Retive apenas cores várias, gente gira, palavras de ordem e a imensa necessidade de estar novamente presente no ano seguinte, porque é contagiante e diz respeito a tod@s.

A partir desse dia passei a estar sempre presente! E este ano não faltarei...

Sara

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